Avenida Réveillon: material

Copacabana de novo
- o bairro -

A cidade finalmente carioca, superada a necessidade de se copiar o paradigma francês: assim surge Copacabana. De calção e smoking, fez Bossa-Nova, Cinema Novo, versos, rimas e deu trela pra muito papo. Nela coube não só uma cidade, mas também um país que começava a se perceber.

Aos poucos, deixou de ser espaço para pertencer ao tempo. Teve todas as aspirações sem deixar de ser bairro.

Com o esvaziamento político e econômico de três décadas, saem de cena Copa,
o Rio e o Brasil. Os valores mudaram, o que fazer?

– Réveillon; berra a multidão em abraços.

– Réveillon; dizem os dos apartamentos
da famosa avenida.

O bairro, central no imaginário brasileiro, é de novo aconchego de civilidade e esperança. A bossa é a mesma, só que com as costuras à mostra. Um bairro dentro do outro.


Avenida Réveillon
- o projeto -

Diferente do que normalmente acontece em musicais, Avenida Réveillon é um espetáculo de músicas inéditas cujo roteiro foi construído a partir das canções – e não o contrário.

A história é sobre um casal que traz os contrastes típicos do lugar onde o luxo e
a vida comedida compartilham as mesmas areias e esquinas. Tendo como pano
de fundo a grande festa de Réveillon que acontece na centenária Avenida Atlântica, inaugurada em 1910, o casal de meia-idade enfrenta crises de um relacionamento que evidenciam as diferenças culturais e econômicas das personagens.

Em meio aos percalços, Copacabana não surge apenas como cenário, mas como personagem constantemente evocada nas músicas inéditas e nos versos já consagrados sobre o bairro.


Nossa praia
- os participantes -

  • Rodrigo Lessa
Composições e direção musical

Bandolinista, violonista, compositor e arranjador. Integrante dos grupos Nó em Pingo D'Água e Pagode Jazz Sardinha´s Club, com o qual recebeu o Prêmio Tim 2004 de melhor grupo instrumental. Lançou os discos autorais Solbambá, Feito a Mão, Fora de Esquadro, No Bangalô da Bandola e, recentemente, Das Ilhas Mestiças.
  • Fátima Valença
Texto e direção

Dramaturga, escritora e roteirista, com trabalhos em diversas mídias. Entre as mais de trinta peças montadas, destacam-se os musicais Nada além de uma ilusão, Pixinguinha, Dolores, Orlando Silva, Elis, Rádio Nacional - as ondas que conquistaram o Brasil, Eu sou o Samba. Publicou dois livros e ajudou a escrever centenas de outros.
  • Manuela Trindade
Composições

Percussionista, compositora e graduada em Letras pela Uerj. Como contista, foi a vencedora do prêmio Nossa Gente, Nossas Letras 2005 e finalista do concurso Contos do Rio 2006. Atua na cena musical carioca com o grupo de samba Coisa & Tal e teve duas músicas selecionadas para o cd do VI Festival de Música do Sesc (Alagoas).

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